O preparo do solo consiste em alguns passos básicos que fazem a diferença para se obter uma boa formação no pasto:

• Deve-se iniciar com amostragem do solo para análise;
• De posse dos resultados, procure um técnico especializado para orientação na calagem e adubação;
• A correção do solo e de grande importância, já que terras corrigidas aumentam a disponibilidade de nutrientes e neutralizam o alumínio, manganês e ferro, que em excesso são tóxicos as plantas;
• A aplicação de calcário deve ser feita a lanço antes da aração, se possível ser incorporada ao solo com pelo menos 60 dias de antecedência ao plantio;
• Se for utilizar um fertilizante fosfatado, a aplicação deve ser feita antes da primeira gradagem niveladora, ou entre a primeira e a segunda nivelada, visando uma boa incorporação;
• Controlar o desenvolvimento de plantas daninhas;
• Eliminar camadas compactadas;
• Deixar o solo suficientemente solto e em condições adequadas para receber as sementes da espécie forrageira que será implantada;
• Quando houver a incorporação ao solo, de material vegetativo pela aração, esperar que esse apodreça antes da semeadura; caso contrário, as sementes morrerão por causa dos efeitos da fermentação desse material;
• Para finalizar o preparo do solo, deve-se preocupar com a conservação do mesmo, construindo curvas em nível ou terraços.

Recomendamos a semeadura somente quando as chuvas atingem certa regularidade (normalmente entre outubro e janeiro);
• Evitar a semeadura após as primeiras chuvas (setembro), pois normalmente são seguidas de veranicos que podem comprometer a implantação da pastagem;
• Também é muito importante utilizar uma quantidade de sementes viáveis suficientes por unidade de área. Para isso, considerar o valor cultural (%VC) das sementes a serem utilizadas;
• No caso de semeadura a área, a quantidade por área, deve ser aumentada em pelo menos 50%, além de ser recomendada a utilização de sementes com altas porcentagens de valor cultural (%VC);
• Além do valor cultural da semente, do preparo do solo e da escolha da espécie forrageira adaptada as condições e métodos de estabelecimento das pastagens, outros fatores concorrem para o insucesso na formação das pastagens, são eles: falta de umidade; cobertura insuficiente ou demasia da semente; formação de crosta no solo; falta de corretivo e fertilizante; drenagem pobre; competição com cultura acompanhante; competição com plantas invasoras e ataque de pragas e doenças;
• O método mais utilizado é a semeadura a lanço, com posterior incorporação leve das sementes, empregando a grande niveladora fechada, pneus velhos ou correntes;
• Em seguida recomenda-se a utilização de um rolo compactador que evita o enterrio das sementes;
• O valor cultural (VC) de uma espécie é uma forma que o ministério da agricultura usa para controlar a quantidade das sementes de forrageira onde não só a germinação, mas também a pureza são levada em conta se avaliar a quantidade de um lote de sementes.
VC = (%Pureza x %Germinação) /100

Plantio a lanço: Depois de arar e gradear com niveladora, o plantio pode ser feito usando o distribuidor de semente.
Semeadura aérea: Um plantio de risco, as sementes expostas podem sofrer ataque de insetos e pássaros, perder a germinação ou ainda não germinar devido a falta de contato com o solo úmido. Recomenda-se sempre usar 50 a 80% a mais de sementes para diminuir os riscos.
Maquina manual: Ideal para locais de difícil acesso.

Manejo correto
Grade niveladora fechada: É recomendado para o enterrio das sementes semeadas a lanço, 2 cm de profundidade em terras argilosas.
Rolo compactador: Permite melhor contato das sementes com o solo e facilita a germinação. Este equipamento, que substitui a grade niveladora, deve ser usado após o plantio a lanço em terras arenosas, não sendo recomendado em terras argilosas.

Manejo errado
Grade niveladora aberta: Provoca um enterrio profundo, comprometendo a germinação homogênea das sementes.